terça-feira, 24 de novembro de 2009

Os três condicionantes do meu coração.


Vou escrever aqui o que sinto!

Fechar os olhos e com a mão a tremer...

...vou mostrar o que me vai na alma, e verão que nao minto...


VOAR

Aspiro aos céus...

SONHAR

Sonho em te ter...

VIVER

Simplesmente existir para ti...


E perguntar-me-ão, leitores: e tu sonhas? e tu voas? e tu vives?


Meus caríssimos...eu nada sei para vos responder... apenas que um dia esses três desejos se tornarão realidade, e realizar-se-á o encanto tao esperado.


Eu nao sei quem é o dono da outra face do meu coração...

...

Eu não o conheço...

...

Mas como encruzilhadas, tambem os nossos destinos estão enlaçados, por uma fita reluzente e encarnada..


e um dia.. eu vou encontrá-lo.

Estou á espera dele...



...


Palavras soltas da autoria de Gaby N'.

Autobiográfico.

Para todos aqueles que pensam que me enterro a um passado, ou que me julgam de coraçao preso, quando na verdade, na minha tristeza, o meu maior sorriso, é o facto de eu ser uma ave livre, em direção ao sol..no infinito do horizonte.

Ignoto Deo


Dat Donat Dedicat.


Exites Deus?

A minha alma tao singela, despida de ironia...

em segredo...está de braços abertos...

esperando uma revelação tua.

Porque me deixas neste pranto?

Porque me cansas na escada da vida?


Revela-Te! Oh Deus desconhecido..!(...)

Quantas lágrimas de sangue...

Gritos profundos de dor...

E tu permites óh Deus?


...


Se existes, desçe a terra...

e poisa a Tua mão sobre nós...

Carentes de amor...

...carentes de Ti.


***


A expressão Dat Donat Dedicat, é um latinismo, remete a : Dá, entrega, dedica.


Estes pequenos versos soltos, sao uma vaga e insignificante homenagem a dois poetas compositores de 2 poemas distintos de Ignoto Deo. ( do latim : a um deus desconhecido):

Almeida Garrett

Antero de Quental.


**


Da minha autoria : Gaby N'.

Em homenagem a todos aqueles que esperam o criador.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Espero-te.


Repouso...

Deitada sobre minha chama de morte, esperando o toque sensível de uns lábios nos meus, mas, esses lábios nao chegam...

Jazem minhas lágrimas já secas pelo frio tumular da minha pele, e meus labios lapidares, encontram-se gelados como mármore.

A minha pele está pálida como mármore, já sem vida, meu sangue parou de girar nas veias, e o meu coração já á muito que parou o seu ritmo monocórdico.


O Meu corpo está pesado como se fosse partir o chão e cair, sempre para baixo... sem destino e sem encontrar o fundo de sua queda.


Tudo isto porque não encontro os lábios quentes que farão derreter o gelo da minha alma..e bater de novo o meu coração, outrora belo e viçoso.




Da minha autoria: Gaby N'


Autobiográfico.

O acto da escrita.


Que fuja o pranto do meu ser, e a luz que brilha intensamente no meu olhar, morra...

Que se apague o sol, fuja a lua, desapareçam as estrelas...

Que me tirem os que amo, e morra quem para mim nao existe...


Mas nao me tirem a alma dos meus versos, não tirem o sentimento das minhas palavras... porque se um dia, sedenta de escrita, nao encontrar a inspiração que me faz pegar na caneta e no papel, será como ter sede e nao encontrar a água revitalizante que me alivia a alma da secura.


Porque escrever, já é o unico que me resta.



Da autoria de Gaby N'.

Autobiográfico.

Amor


Doces palavras da minha vida, por quem distribuir o grande amor que tenho para dar.. se ninguem o quer?


Tenho necessidade de amar!!


Eu quero DAR AMOR, mas a quem, lisonjeadas palavras, a quem?


Respondei-me, porque o meu coração salta cada vez mais desesperadamente, e ninguem o acalma...


Mas...


Se nao tenho ninguém para dar o meu amor, então, minhas caras...

minhas ninfas inspiradoras, minhas musas... então é a voces que amo! ...

É a voces que me apego, a voces, queridas palavras, que ditribuo o melhor de mim.




Texto da minha autoria: Gaby N'.

Autobiografico.

Chuva


Hoje está a chover...contínua e fortemente.

Cada gota cái como lágrimas de um poeta.

E deves estar a chamarme anormal, por amar a chuva... e amo-a, tanto como a mim.

Porque ela tem algo de melancólico..., algo misterioso...cada gota que cai no chão, soa-me a gritos de sofrimento do meu ser...

Não entendes?

Porque?

Porque questionas meus gostos? Porque questionas a minha forma de ser?

Eu amo assim...

...Eu sei amar.

O ceu tambem chora. Ele tambem está maguado, como eu.

Não veem quantas lagrimas, dele caem?

Mas o ceu tem tanta dignidade e pureza, que as suas lagrimas sao doces...

Nós, temos a mancha do pecado, que, até Deus nos deu as lagrimas salgadas e amargas, como a sujidade de muitos corações.

... Chove sem parar...

Com a chuva chora também o meu coração, que sangra pelas setas que muitos ja mandaram.

Ja me senti amada [teria eu sido enganada?] .... mas todos me apunhalaram, com um punhal repleto de veneno...


Agora afastome do mundo ...

... Afasto-me de mim própria...

Porque o meu coração tem medo de amar mais.

Chove sem parar no meu ser, como lagrimas de um poeta, na musicalidade de uma esperança, no choro de uma simples mortal.


Texto da minha autoria :Gaby N' .

Dedicado á minha chuva interior.

domingo, 22 de novembro de 2009

Florbela Espanca


Ah! Doce Florbela Espanca!

Que das tuas tuas amargas palavras, nasceram as minhas lágrimas em verso...

... como suspiros adormecidos...

...á espera que alguém os acorde...

Serei eu poetisa como tu?

Ambas fazemos arte em sangue, e ambas lavamos o rosto em lágrimas...

... reluzentes como cristais..!...

Mas ah! Querida Florbela Espanca!

Que quando eu for como tu! divina deusa..

Nao serei Cléopatra! Serei Uma lusitana de alma lúgubre como tu!



( Da minha autoria [ Gaby N'] em homenagem a Florbela Espanca.)

Vou viajar...


Corri por caminhos ínfindos, viajei por terras de céu e mar...

Nadei em rios e riachos de esperança... Saltei.. Gritei...

Fugi de mim própria para logo me voltar a encontrar...

Tenho saudades do que era, e agora vejo que nada sou...encolho-me dentro de mim, na escuridão da minha alma, na solidão da minha vida...

Vou viajar!!

Vou viajar no fundo dos mares, enterrarme no confins dos céus...desaparecer.

Fechar os olhos e sair deste mundo, monótono, rotineiro, passar a um outro espaço, uma outra vida.

Ser feliz mas sem deixar de ser quem sou.

No fundo ser eu, nao sendo nada...voar...para longe e perder-me na imensidão do meu ser, da minha alma.


(Texto da minha autoria [Gaby N'] em homenagem ao quotidiano tao difícil, e a um sonho, nunca perdido.)

Outrora fui feliz


Outrora, sentite nos braços, corri por entre planícies de luz e cor.

Sorri com amor mútuo __OUTRORA FUI FELIZ__.

Vejo o meu mensageiro, o pôr - do - sol, que me mostra quanta dor, quanta mísera alma carrego.

Ele diz-me o sangue que jorra do meu espírito, e relembra-me a menina que corria decalça pelos prados, do meu sorriso sem se maguar.

Ai como me lembro daqueles tempos, da liberdade da minha alma e da inocência do meu ser, como a minha essência esvoaçava, pura... e queria eu cresçer...

Mas cresci, e agora?

Agora, vejo o tempo passar, e o meu desespero aumentar.

Estendo a mão, tento agarrar-me a mim própria, em tempos passados, á minha infáncia... mas em vão...

O chão foge-me dos pés, vejo a minha infáncia ao longe, e o futuro assustador...como fui feliz, e nunca reconheci, agora prefiro fechar os olhos, sentir o vento na minha alma e deixar-me levar por ele...

Em dia, a minha vida retornará ao passado, para o sol se por, é necessário que nasça... nao pode haver só por-do-sol na minha vida.. também deve haver a aurora...


( Da minha autora [Gaby N'] autobiográfico, em homenagem á minha felicidade perdida.)

Na praia.


Descalçei-me, caminhei lentamente pela areia, como que acariciando-a...estava macia e húmida. Aproximei-me do mar, observei-o e sorri. Um sorriso amargo, repleto de sangue por dentro. Sentei-me na areia, perto da água...fechei os olhos para sentir aquela brisa, o meu refúgio, que me acariciava na minha carência.

E então vi! Vi a doçura de um sorriso, e o desejo dos teus beijos, vi a suavidade do teu toque e o brilho do teu olhar. Sentime feliz e protegida porque tu estavas ali comigo...Eras tu, depois de tanto tempo... de me teres deixado...eras tu!!

Ai quanta alegria eu irradiava! Quantas lágrimas derramadas, do meu ser daria, só para estar nos teus braços para a eternidade.

Senti o calor do teu ser a aproximar-se, agarravas-me com força...

Mas oh... tudo desabou... os castelos de areia que algures havia construido nos meus sonhos, caíram...

Vi-te a afastares-te de mim, acenavas-me com expressão triste, eu corria em tua direcção, debatia-me contra as minha próprias forças para te alcançar.. mas o chão fugia-me dos pés como que com uma infernalidade eterna.

Senti um frio a invadir-me... abri os olhos salgados pelas lagrimas...levantei-me...tinha adormecido ali como quase todas as vezes que vou a praia para te recordar.

A maré tinha subido e ja me tinha molhado os pés... olhei novamente o mar...senti o seu sabor na minha boca... duas lagrimas pendiam no meu rosto..tinha acordado para a realidade, que me era cada vez mais dura. Mas, tinha que ser asim...

Olhei novamente o mar, e desta vez mais melancólica ainda, caminhei, cabisbaixo, de olhar sereno e face húmida...divagando pelo meu mundo já perdida nas ondas do mar.. encolhida dentro de mim, tentando assim proteger-me da crueldade da solidão.


( Testo da autoria de Gaby N', autobiográfico, dedicado aos amores perdidos.
ATENÇAO NAO É TOTALMENTE AUTOBIOGRAFICO )