domingo, 26 de dezembro de 2010

Noite de Natal






Noite de Natal...

Fria, escura.

Lá fora o vento ressoa pelos arvoredos e a chuva cai como uma música de inverno.

É tarde, muito tarde. Tarde demais...

A casa dorme, apenas iluminada pela luz ténue das chamas da lareira já quase extinta.

O papel de embrulho rasgado e colorido repousa, iluminado pelos pontinhos coloridos da Árvore de Natal.

Estou só. Nesta sala triste, apesar de natalícia ... e recordo.

Recordo os tempos que sorria... Vejo os meus avôs tão amados a sorrir para mim...

So queria poder segurar na mão deles de novo.

Mas é tarde demais... muito tarde.

O tempo... é uma doença sem solução.

Ouço apenas o crepitar das chamas, e sinto aquela agonia que se chama SAUDADE.

Ah lusitânia... só tu meu doce país, para ter palavras tao vivas e sem tradução em nenhuma outra língua...

SAUDADE...

e as lágrimas correm pela minha face abaixo...

É tarde... tarde demais.





Autobiografico.

Dedicado aos meus avôs.

Verídico.





Gabriela Nogueira